por Érica Toledo

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Foi uma tarde tão especial! Tanta gente querida trouxe suas crianças! Meus filhos voltaram a ser criança. Recebi beijos e abraços suados e melados de pirulito! Criança é a melhor coisa do mundo! Vocês nem sabem a alegria que tô sentindo. Obrigada 🤗

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O que esse tanto de gente grande está fazendo no meio de brinquedos? E o que o famoso escritor Jacques Fux está fazendo nessa cabaninha? Nosso encontro foi para falar de literatura infantil no programa Brasil das Gerais. Aproveitamos o lançamento dos nossos livros para crianças para conversar sobre a importância da leitura. E não é só para aprender português e adquirir repertório para se matar no Enem mais tarde. É muito mais do que isso. As histórias são uma espécie de vacina emocional.

Estamos surpresos diante de uma juventude que vem sendo chamada de “geração do desalento”, que não quer trabalhar, nem estudar. Jovens que, em comparação com seus pais, fazem menos sexo, saem menos, dormem menos. Se sentem menos felizes, menos úteis, mais solitários, mais deprimidos e mais propensos ao suicídio. Mas quem formou essa geração de desistidos?

Transmitir o sonho também é nossa tarefa de adultos. Semear mundos imaginários faz parte da construção da esperança. A literatura ensina o exercício da fantasia para podermos imaginar e desejar uma vida melhor.

Livros são remédios para a gente não se acomodar. Quem não acredita no que não vê, desiste antes de tentar.

Ah... dá para assistir ao bate-papo no canal do programa no YouTube!

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Hoje fui entrevistada junto com o grande escritor Jacques Fux. Será que uma foto ao lado dele me faz pegar por osmose a capacidade literária de um dos mais premiados autores do país? Será que, se esse pós-doutor segura meu livro, ele me transmite o conhecimento que ele já ensinou em Harvard e Sorbonne? Claro que não. Mas outra coisa acontece na generosidade da conversa de Jacques. Sorrindo todo tempo, ele explica que os escritores se reúnem nos sonhos. Então pude me sentir, com minha modesta experiência literária, no mesmo time dele: o time dos sonhadores! Obrigada pelo encontro.

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Com a querida @patriciadiou, em entrevista sobre o lançamento do livro "À espera do Natal". #espelhomágico

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Vem, gente! Chegou a hora do lançamento! E vai ser num lugar mágico!

24 histórias de Natal para serem lidas, uma por dia, ao longo do mês de dezembro. Com imagens para colorir e figuras para recortar. Uma oportunidade para compartilhar valores e tempo com as crianças.

O lançamento do livro "À espera do Natal" será no pátio do Museu dos Brinquedos com diversas atividades gratuitas:

15h - Oficina de desenho
15h30 - Contação das histórias de Natal, com Lucrécia Leite
16h - Bate-papo com a autora
16h15 - Autógrafos e brincadeiras
17h - Encerramento

Durante o horário do lançamento, a visita ao acervo do Museu poderá ser feita pelo valor de apenas 5 reais.

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Aurora, Amora e Ana. Três nomes para um domingo leve. Ou pausa refrescante da semana.

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Invenções da Pomar de Ideias. O livro "À espera do Natal" virou um tanto de coisa linda. Lançamento no mês que vem.

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Lá vem chegando a coleção de Natal! Com figuras pra recortar, desenhos pra colorir e 24 histórias para tornar o mês de dezembro especial. ❤

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FRÁGIL
Érica Toledo - Fala para a Érica vir me visitar. Depois que eu morrer, não precisa mais não.

Recebi esse recado faz algumas semanas. Mas hoje, ao me lembrar dele, deu vontade de chorar. Mas por que só hoje?

Vocês também escutam dentro de vocês? Vozes que, em alguns dias, emergem grudentas e vão puxando todos os pensamentos para a escuridão de dentro?

Ao escrever essa frase penso no petróleo espalhado nas praias nordestinas. Será culpa dessas imagens? Ou de ter lido ainda cedo sobre a mistura de óleo diesel e gasolina comprada numa vaquinha de empresários para colocar fogo na floresta amazônica?

A lama nos rios, a mentira nos argumentos, tudo isso me esfola. Mas - que grande pequeneza! - o que me põe em carne viva mesmo são meus encarquilhados medos egoístas. “Retirada de fragmento mamário por agulha grossa”. Exame maldito! (Bendito, desculpem-me as senhoras razão científica e convicção espiritual). Hoje quase despistei esse diabo de fragilidade. Senti vontade de escrever sobre a pessoa querida que me cobrou uma visita. Se eu o fizesse, seria uma linda homenagem. No tempo de uma corrida de uber, todo o texto ficou pronto na minha cabeça. Faria, por meio dela, um elogio aos vulneráveis e me perdoaria da minha própria fraqueza. Ah, que coisa mais feia! Então, eu receberia curtidas porque projetei minha fragilidade no outro.

Contar a história dos frágeis – o que me serviu tão bem nos tempos de repórter - me concilia que essa parte tão carente de mim.

Será que nós, de estilo cuidador, não estamos fazendo isso todo o tempo? Derramando sobre o outro nossos olhares compadecidos, para não colocar os olhos na nossa própria angústia? Nós, que estamos nos consultórios, ativistas, voluntários, defensores dos animais?

Não vou mentir. Minha pele não me defende. Há dias que me misturo a tudo que dói. Angústia solitária que não posso expressar sem medo de ser julgada exagerada e louca ou sem julgar a mim mesma como ingrata.

Vou fazer a visita que estou devendo. Pelo menos a fragilidade do outro eu posso supor que consigo consolar.

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